domingo, 5 de abril de 2009

Darcy e o Povo Brasileiro

"Há dez anos o antropólogo mineiro Darcy Ribeiro (1913-1997), criador do Parque Indígena do Xingu e da Universidade de Brasília, lançou O Povo Brasileiro, livro que conclui a coleção de seus Estudos Antropologia da Civilização. Nesse mesmo ano, ao dar os originais para uma de suas assistentes, Isa Grinspum Ferraz, esta sugeriu fazer uma série para a televisão. Durante quatro dias, Isa e uma pequena equipe trabalharam nas filmagens de seu depoimento, que viria a ser a base dos dez documentários integrantes da série homônima, agora lançada pela Versátil Home Video em associação com a Superfilmes e Fundação Darcy Ribeiro.

Além da entrevista com Darcy Ribeiro, a série traz depoimentos de respeitados intelectuais como Antonio Candido, Antonio Risério, Ariano Suassuna, Azis Ab’Saber e Paul Vanzolini, entre outros. Participam também os músicos Chico Buarque (que lê trechos de O Povo Brasileiro), Gilberto Gil, Luiz Melodia e Tom Zé. Apresentada há cinco anos pela TV Cultura e GNT, O Povo Brasileiro provocou impacto não só por sua realização como pelas idéias polêmicas defendidas pelo antropólogo, educador, romancista e político, entre as quais a contestação das teorias marxistas sobre a Península Ibérica. Marx, segundo Darcy, nunca entendeu como Portugal e Espanha foram capazes de se expandir e criar um mundo só, transformando-o num único mercado.

Marx entra de contrabando na série. O principal conceito defendido pelo antropólogo diz respeito ao advento de um “povo novo”, que surge como gênero humano com a fundação do Brasil. Aqui, desindianizaram o índios, desafricanizaram o negro e deseuropeizaram o europeu. Resultado, segundo o antropólogo: o povo “novo” que surgiu não se apegou ao passado nem reproduziu nenhuma civilização. É um gênero novo, mestiço, nascido com o mameluco, que não se identifica nem com o índio nem com o pai branco, e o mulato, que não é africano nem indígena e muito menos europeu. Conselho final de Darcy: como não somos nada e somos tudo, ao mesmo tempo, temos todas as chances de criar o futuro. “Nós temos que inventar o Brasil que nós queremos.”

O Brasil, diz ele logo no primeiro programa, nasceu sob o signo da utopia. Já existia muito antes da chegada dos portugueses, mas precisava ser reinventado. Nesse primeiro programa, Matriz Tupi, são exibidas cenas filmadas pelo próprio Darcy e Franz Forthman entre os índios Urubu-kaapor, em 1950, imagens históricas que preparam o espectador para outros surpreendentes registros captados por Isa Grinspum Ferraz junto a acervos brasileiros e europeus. Aos poucos, ela vai montando um patchwork com a iconografia que, entre outras coisas, comprova a permanência de elementos árabes e israelitas (marcantes na Península Ibérica) nos lugares mais remotos do Brasil.

Tanto o livro como a série nele baseada levantam questões que desfazem certos mitos consagrados pela história, como o de que a sociedade colonial brasileira era “atrasada”. Balela, defende o antropólogo. Na série, Darcy lembra que produzimos no período muito mais riqueza de exportação que a América do Norte, além de termos edificado “cidades majestosas como Ouro Preto, que eles jamais conheceram”. Se houve atraso, defende, a culpa cabe a uma “elite retrógrada”, acrescenta, antes de fazer um discurso irado sobre o genocídio de índios e negros. Na mais polêmica declaração do antropólogo, ele define o Brasil como “um moinho de gastar gente”.

A série tem outro mérito, além dos já citados. A premiada realizadora, que prepara um especial sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, assume que “traiu” o antropólogo ao convidar os portugueses Agostinho da Silva e Judith Cortesão para falar sobre as teorias antropológicas do brasileiro, que, vaidoso, não gostava da idéia do confronto. “Eles tinham outro ponto de vista e, como queria muito ter seus depoimentos, assumi essa traição”, diz Isa.

O Povo Brasileiro chega num momento em que o mundo globalizado luta para definir o que seja identidade - o que explica, de certo modo, os conflitos na Europa e, mais recentemente, na Austrália, com os migrantes. É, enfim, uma boa hora para se pensar sobre as vantagens da mestiçagem, tendo como guia Darcy Ribeiro." AGÊNCIA ESTADO

Aqui vou deixar disponível os quatro primeiros capítulos : Matriz Tupi / Matriz Lusa / Matriz Afro / Encontros e Desencontros.
Pessoal, neste documentário, há mais alguns capítulos que vão explicar sobre a visão do antropólogo Darcy Ribeiro a origem dos diversos "Brasis" como o Brasil Crioulo, Sertanejo, Caipira, Sulino, caboclo e finaliza com a invenção do que podemos chamar de Brasil.
Procurem no Youtube, assistam os outros capítulos, vai ver como é legal conhecer sobre nós brasileiros.

Façam bom proveito... e voltem sempre.

Vejam, revejam, pesquise e faça um bom trabalho!

Abraços


O Povo Brasileiro.

Matriz Tupi.








Matriz Lusa








Matriz Afro








Encontros e Desencontros





sexta-feira, 27 de março de 2009

Hora do Planeta! dia 28 de março as 20:30!!



Olá Pessoal!! mais uma vez por aqui e por que não dar uma mãozinha ao nosso mundo, hein??
Participe da campanha hora do planeta! Uma campanha que vem ganhando força ano a ano em prol do planeta Terra.
Sessenta minutos sem luz acessa e uma enorme ajuda a todos!! faça a sua parte!! O "PGNOI" vai apagar.. e vc?



O WWF-Brasil e o blog PGNOI participam pela primeira vez da Hora do Planeta, um ato simbólico, que será realizado dia 28 de março, às 20h30, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a apagar as luzes para demonstrar sua preocupação com o aquecimento global.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem como objetivo chamar para uma reflexão sobre a ameaça das mudanças climáticas.

Hora do Planeta 2009.Participe! É simples. Apague as luzes da sua sala.

Veja ai Galera quem está apoiando esta iniciativa no Brasil !!! abraços

Roteiro para Trabalhos Bibliográficos (para todas as salas)

Aqui estão as instruções de como elaborar os trabalhos na disciplina de Sociologia. Deverão constar no trabalho todos os tópicos desta instrução juntamente com o que foi pedido em sala de aula. As datas de entrega dos trabalhos serão marcadas em sala de aula pelo professor. É de responsabilidade de cada aluno e grupo, ficar atento a elaboração e datas de entrega do trabalho.

1- CAPA / CABEÇALHO: informações de identificação (colégio, diretores, professor, disciplina, aluno (s) série, turma). Todos os nomes escritos no cabeçalho deverão estar completos.

2- SUMÁRIO: Relaciona-se os temas aos números das páginas. Tópicos que constam do trabalho: Introdução, desenvolvimento (os vários assuntos do trabalho em suas respectivas divisões), conclusão e bibliografia.

3- INTRODUÇÃO (APRESENTAÇÃO): A introdução trata do que versa a pesquisa, qual sua finalidade. Deve-se sempre responder as perguntas: COMO, PORQUE e PARA QUE foi realizado o trabalho de pesquisa.

4- DESENVOLVIMENTO: São os conteúdos a serem pesquisados pelo aluno. Convém dividir os conteúdos em diversos títulos e/ou subtítulos. É importante que para desenvolver o conteúdo não se permita a cópia de uma literatura, para tanto sugere-se que a pesquisa venha em formato de problematização do tema, podendo o aluno comparar, sintetizar, resumir, analisar mais de uma literatura sobre o mesmo tema

5- CONCLUSÃO: Parte do trabalho onde o aluno expõe com suas palavras as principais contribuições do trabalho pesquisado. Refere-se a uma síntese da pesquisa. Resumidamente é relatado o que este conhecimento acrescentou ao pesquisador. Partindo da problematização levantada o pesquisador vai concluir quais pontos foram importantes a partir do conhecimento adquirido na pesquisa.

6- FONTES CONSULTADAS: É realacionado as fontes de consultas. Descreve-se o nome do autor. Título da obra, edição e editora. Se for site deve ser e onde foi retirado o assunto da pesquisa, não o de busca.


Bom trabalho e se divirtam!
Abraços
Prof. Fábio

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Rádio Arantes - 1º programa - Machado de Assis.


Rádio digital fábio / machado de assis vida e obra dom casmurro - fabio

Bom, depois de alguns dias fora, desconectado do mundo, liguei a tv e lá noticiava o início de uma microsérie chamada "Capitu". Quem mais poderia ser Capitu, a não ser a Capitu de Machado de Assis.
Logo, lembrei dos primeiros livros que li deste grande autor: Memórias Póstumas de Brás Cubas e o Alienista. Te digo, meu querido leitor, que fiquei chocado. Como poderia alguém escrever um livro em que o próprio narrador está morto? me fascinou esta estranha inteligência.
Em seguida o "Alienista" me deixou um tanto confuso em relação a sociedade e "Dom Casmurro" me fez pensar sobre sentimentos humanos... Não satisfeito, percebi o quanto de influencia Machado recebeu de um autor de língua inglesa, Edgar Allan Poe, ao ler "O corvo". Hoje meus autores preferidos Edgar Allan Poe e Machado de Assis.
Este último foi homenageado com uma linda obra audiovisual que, nos mínimos detalhes, tentou ser o mais machadiano possível. Ao meu ver.... conseguiu.
E ouvindo a linda trilha desta microsérie, que não me sai da cabeça, que resolvi através de uma atividade da pós graduação em Mídias na Educação, homenagear ao meu modo, Machado, Capitu e Bentinho. Escobar não, pois nunca fui com a cara dele, mas é claro que falando deste três personagens como Capitu, Bentinho e Machado, não se pode deixar de fora o quarto elemento da trama, e porque não o quinto.... Dom Casmurro.

Espero que gostem... para o primeiro acho que está bom!
Um grande abraço
Um feliz Natal e um Lindo Ano Novo

domingo, 23 de novembro de 2008

G l o b a l i z a ç ã o ! ! !

Refletir sobre o processo de globalização se torna necessário quando ligo minha televisão. Bom ou ruim? progresso ou regresso? eis a questão.

Facilidade por toda parte, fruto da tecnologia, o "mundo todo" se torna "todo mundo", com uma única identidade.

Se até a "Coca-cola já tomou conta da China", será que tem como escapar da globalização mundial? Ou seja, um único sistema com os mesmos problemas. Há alternativa? Talvez a reflexão(global)? Qual será o caminho?

Utilizando os objetos de desejos propagados pela mídia, alguns vídeos foram produzidos por alunos do 2º ano do Ensino Médio, justamente com aparelhos como telefones celulares e câmera digital e veiculados na rede mundial de computadores, gerando assim, uma reflexão sobre o tema.

O objetivo da atividade é gerar uma discussão sobre os aparelhos ideológicos, como os meios de comunicação (televisão, rádio, internet e etc), utilizados pelo sistema capitalista para disseminar sua ideologia.

Parabéns a todos os grupos pelo belo trabalho realizado!


O Burro Globalizado




Grupo: Princila Andreatta; Fabíola Soares; Brenda Amaral; Eduardo Mendes; Carlos Antônio; Pablo; Diego Raphael e Mayara N.H.

"Chamada a cobrar, para aceitá-la continue na linha após a identificação.
Alô.....
Nosso grupo, "Us Fenomenus". criou este clipe que tem por base as aulas de sociologia que tem por tema globalização e ideologia. Para a sociologia a globalização é o processo pelo qual a vida social e cultural nos diversos países do mundo é cada vez mais afetada por influências internacionais em razão de injunções políticas e econômicas.
Utilizando a música Televisão dos Titãs apresentamos a nossa opinião sobre a influência da mídia em nosso cotidiano.
A mídia, principalmente a televisão, é a grande formadora de pensamento em nossa sociedade, uma ferramenta usada muitas vezes para a manipulação.
Criando uma idéia de que o supérfluo é necessário. Porém, essa idéia favorece apenas os anunciantes que querem gerar o bem maior do capitalismo: o LUCRO.
Espero que gostem e apreciem.

Direto do Colégio José Arantes para o Mundo.

Beijos ao japa, Prof. Fábio
Te Amamos....

Desculpa, Foi Engano

Tututu.... "



Geração Coca-Cola - 201




Grupo: Jefferson Lima; Gabriel Cândido; Carlos Cipriano; Daiana CristinaI;ngrid Dettmer; Bruno Silva.


"A Coca-Cola é um dos maiores símbolos da globalização.
Com a globalização estamos cada vez mais em contato com os produtos industrializados.
Retratamos pessoas que mesmo tendo pouco dinheiro preferem comprar "Coca-Cola" do que melhorar sua alimentação.
Na cena do jogo vemos que os burgueses/capitalistas visam
seu lucro acima de tudo, não se preocupando de que maneira irão consegui-lo.

Nesse vídeo buscamos mostrar uma forte contradição entre as classes sociais, onde os pobres mesmo não tendo condições buscam uma vida de rico e os ricos passam por cima de qualquer um para obter riqueza."


Globalização



Grupo:Bruno P. Delfim; Bruno Feltz; Lucas; Giovani Testoni.

ps: Sem descrição


Parabéns a todos os outros grupos que se esforçaram para produzir o trabalho!
Um grande abraço!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aprendendo ...



Após a leitura de dois textos do pedagogo José Manoel Moran, refletir sobre a educação se torna essencial.
A educação se transforma em um longo caminho que se estende por toda a vida, não é fácil perceber o crescimento que se tem no processo educacional, tal processo vai acontecendo aos poucos, se mistura praticamente ao cotidiano se tornando quase imperceptível.
Felizes aqueles que percebem tal mudança, percebem que a cada dia deste tal processo vão se tornando mais livres, vão conseguindo encontrar a liberdade, a independência "daquilo tudo que nos foi imposto, trazido de fora", afirma Moran.
Linda observação e utópica diriam os mais modernos pessimistas, porém, ser educador e possuir a chave da tal liberdade não é de todo difícil quando se crê nesta possibilidade.
Pensando bem, o sistema imposto através de doutrinas sociais invisíveis aos olhos, mas reais, aplicado dentro das escolas foi capaz de materializar até mesmo a vocação do educador e dos indivíduos que passam por suas mãos tornando difícil acreditar em mudanças.
Com a angústia social instalada, os homens gritam sem voz, buscam se livrar de uma opressão silenciosa. Libertem-se! gritava Paulo Freire. Busque a conscientização, busque sua autonomia transformadora, aclamava o velho utópico.
Aclamava Freire aos seus alunos e também aos professores que angustiados, já gritavam em silêncio.
Apesar de tudo, digo aqui com toda certeza, que a educação é eficaz, "[...]quando consegue que cada um de nós se sinta motivado internamente a querer conhecer mais e a procurar mudar o seu comportamento, as atitudes e os valores ao longo da vida.". Não seria este o caminho para se livrar de certos valores e atitudes da sociedade lá de fora e o começo de uma transformação?
Para se pensar não?


links para os textos de J. Manoel Moran. Leia, reflita e comente.
http://www.eca.usp.br/prof/moran/vida.htm
http://www.eca.usp.br/prof/moran/escolhas.htm

Abraços

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Atividades !!

Questões sobre os 4 vídeos da série: "Tas na zona eleitoral".

EPISÓDIO 1

1- Sobre o surgimento das cidades, explique o processo de formação até a chegada da tal "modernidade".

2 - O que você entende por CIVILIDADE?

3 - Para que serve uma eleição?

EPISÓDIO 2

1- Quais virtudes deve ter um bom prefeito?

2- Porque o vídeo compara o prefeito de uma grande cidade ao síndico (Sr. Afonso) do edifício COPAN ?

3- Para que serve um prefeito?

EPISÓDIO 3

1- Quais eram o símbolos do poder organizado na época da formação das primeiras cidades no Brasil?

2- Para que serve a Câmara de vereadores?

3- Para que serve um vereador?

4 - Caso o cargo de vereador não fosse remunerado, você acha que a corrupção aumentaria já que, hoje em dia, os políticos defenderiam os interesses das grandes empresas deixando de lado o interesse da população ?

EPISÓDIO 4

1- O que um eleitor deve observar no comportamento de um político?

2- O que é ética? qual a sua relação com a política e o político?

3- Segundo o urbanista (Ciro Pinoldi)a palavra "civilização", nos remete ao conceito de coletivo. Hoje em dia a civilização atual faz jus a este conceito?

4- Qual a diferença entre o tempo de gestão e o tempo da cidade? e qual é a relação entre a idéia de individual e o coletivo já comentada anteriormente?


REFLITA SOBRE O VÍDEO, SOBRE AS QUESTÕES E RESPONDA COM CLAREZA.
DATA DE ENTREGA DO TRABALHO: agendada em sala de aula. (confirmar com o Professor)

abraços
e saudações sociológicas!